Texto Bíblico:“E não somos como Moisés,
que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na
terminação do que se desvanecia. E todos nós, com o rosto desvendado,
contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de
glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3.13,18)
Ao dizer “não somos como
Moisés”, o apóstolo Paulo não está falando de uma virtude do grande
libertador de Israel. Essa seria a parte fácil de entender na vida e no
comportamento de Moisés. Ele foi o maior vulto do Antigo Testamento. Alguém de
quem Deus disse estar acima dos profetas. Alguém que profetizou a vinda do
Messias nos seguintes termos: “Deus há de levantar um profeta semelhante a
mim”.
O fato é que Paulo está apontando para
um erro desse grande líder. Ele fala claramente de uma atitude de fingimento,
de falta de transparência. Na verdade, esta é a razão que Paulo, inspirado pelo
Espírito Santo, atribui ao uso do véu por parte de Moisés.
E este erro não é exclusividade de
Moisés; na verdade, é algo que todo líder (para não dizer todo cristão), em
algum momento, também se encontrará lutando para não cometer.
POR QUE MOISÉS COBRIA O ROSTO?
Ao olharmos atentamente para o relato
bíblico no livro de Êxodo, isto fica bem claro:
“Quando desceu
Moisés do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho, sim, quando
desceu do monte, não sabia Moisés que a pele do seu rosto resplandecia, depois
de haver Deus falado com ele. Olhando Arão e todos os filhos de Israel para
Moisés, eis que resplandecia a pele do seu rosto; e temeram chegar-se a ele.
Então, Moisés os chamou; Arão e todos os príncipes da congregação tornaram a
ele, e Moisés lhes falou. Depois, vieram também todos os filhos de Israel, aos
quais ordenou ele tudo o que o Senhor lhe falara no monte Sinai. Tendo Moisés
acabado de falar com eles, pôs um véu sobre o rosto. Porém, vindo Moisés
perante o Senhor para falar-lhe, removia o véu até sair; e, saindo, dizia aos
filhos de Israel tudo o que lhe tinha sido ordenado. Assim, pois, viam os
filhos de Israel o rosto de Moisés, viam que a pele do seu rosto resplandecia;
porém Moisés cobria de novo o rosto com o véu até entrar a falar com ele.”
(Êxodo 34.29-35)
ESCONDENDO AS NOSSAS FRAQUEZAS E LIMITAÇÕES – Complexo de super-heroi
Há, dentro de muitos de nós, uma
desesperada disposição de esconder nossas fraquezas e limitações. Esta é uma
das “doenças” que pode atingir os líderes: o complexo de super-herói.
Quando estamos cheios da glória exibimos o rosto resplandecente para todo o
mundo; quando não temos, encobrimos o rosto (com um véu de engano) para que as
pessoas pensem que ainda estamos brilhando – mesmo que, de fato, já não
estejamos.
ISTO SE CHAMA DISSIMULAÇÃO
“Abriram-se, então, os
olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e
fizeram cintas para si. Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no
jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e
sua mulher, por entre as árvores do jardim”. (Gênesis 3.7,8)
PREOCUPAÇÃO COM A REPUTAÇÃO EM DETRIMENTO DO CARÁTER
Quando um líder cristão esconde uma
fraqueza, uma limitação (e nem estou falando de pecado agora), sua atitude pode
parecer qualquer outra coisa, mas ainda é dissimulação!
O APÓSTOLO PEDRO EM ANTIOQUIA FOI DISSIMULADO
“Quando, porém,
Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara
repreensível. Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com
os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar-se,
temendo os da circuncisão. E também os demais judeus dissimularam com ele, a
ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles.
Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do
evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como
gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?”
(Gálatas 2.11-14)
NÃO PRECISAMOS CRIAR SUPER- HERÓIS
Ao dizer “não somos como
Moisés, que punha véu sobre a face”, Paulo mostra que, por haver entendido
as consequências deste ato, ele preferiu agir com absoluta honestidade em todo
o seu comportamento cristão:
“Mesmo que eu
preferisse gloriar-me não seria insensato, porque estaria falando a verdade.
Evito fazer isso para que ninguém pense a meu respeito mais do que em mim vê ou
de mim ouve”. (2 Coríntios 12.6 – NVI)
Ao examinar o contexto desta afirmação,
vemos que Paulo estava falando sobre suas experiências com as visões
celestiais. Em outras palavras, o apóstolo estava declarando: “Eu poderia
impressionar as pessoas contando minhas experiências com Deus, mas não quero
que o conceito delas a meu respeito se baseie nisso. Quero que só pensem acerca
de mim o que pode ser visto, de forma simples, no convívio diário”. Ele diz claramente:
“Eu evito que pensem que sou mais do que aquilo que realmente sou”.
Diferente de Moisés, e de muitos de
nós, Paulo preferia tirar a máscara e se apresentar da forma mais sincera e
autêntica possível.
DESENVOLVENDO UMA FÉ SEM HIPOCRISIA
O apóstolo Paulo valorizava muito este
princípio, não só em sua própria vida como também na vida daqueles em que
investia no discipulado. Timóteo precisou ser encorajado várias vezes a não
negligenciar os dons que recebeu, a não deixar ninguém desprezá-lo pelo fato de
ser jovem, e, além disso, não temos registros históricos de grandes conquistas
ministeriais da parte dele. Então, o que será que Paulo enxergou nele que
produziu uma identificação tão grande? Hoje a resposta me parece clara: uma fé
sem hipocrisia:
“Ora, o intuito
da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de
consciência boa, e de fé sem hipocrisia.” (I Timóteo 1.5)
AS CONSEQUÊNCIAS DE SE COBRIR O ROSTO
Algo assustador que percebo no ensino
de Paulo, e que deve servir de forte advertência contra o uso do véu sobre o
rosto, é que o “véu do engano” que um líder usa pode ser
transmitido para os seus liderados e discípulos:
“Mas os sentidos deles se embotaram. Pois
até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu
permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje,
quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém,
algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado.” (2 Coríntios
3.14-16)
Observe a expressão “o mesmo
véu permanece”. O apóstolo Paulo escreveu essa epístola cerca de mais de um
milênio e meio depois de Moisés. No entanto, ele diz que“até os dias de
hoje” o “mesmo véu permanece”. É lógico que ele não está
falando do mesmo pedaço de pano físico usado pelo grande legislador de Israel.
Até porque o texto diz que “o véu está posto sobre o coração deles”,
afirmação que concede uma conotação espiritual a esse véu.
A Palavra de Deus nos revela que a
atitude de fingimento de Moisés passou a operar (na forma de engano espiritual)
no coração dos israelitas – que se orgulhavam de ser discípulos de Moisés (Jo
9.28). Líderes que decidem andar em dissimulação podem estar transferindo um
péssimo legado aos seus liderados e discípulos.
TRANSFERINDO A FÉ SEM FINGIMENTO DE GERAÇÃO A GERAÇÃO
“Pela recordação que guardo de tua fé sem
fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe
Eunice, e estou certo de que também, em ti.” (2 Timóteo 1.5)
A fé sem fingimento que Paulo elogia na
vida de Timóteo, seu filho espiritual, vinha sendo transferida por diferentes
gerações: da avó Lóide para a mãe Eunice e, finalmente, da mãe Eunice para o
filho Timóteo. Esse é o legado que os pais deveriam transmitir aos seus filhos
e que cada líder deveria transferir aos seus liderados.
A GLÓRIA VEM QUANDO SE REMOVE O VÉU
A transformação só acontece com o rosto
desvendado. Se não “tirarmos a máscara”, seguramente o poder transformador
operado pelo Espírito Santo não irá se manifestar:
“E todos nós, com o rosto desvendado,
contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de
glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”
(2 Coríntios 3.18)
RECONHECERMOS OS NOSSOS PECADOS É BASE
PARA AVIVAMENTO
“E
muitos dos que haviam crido vinham, confessando e revelando os seus feitos.
Muitos também dos que tinham praticado artes mágicas ajuntaram os seus livros e
os queimaram na presença de todos; e, calculando o valor deles, acharam que
montava a cinquenta mil moedas de prata. Assim a palavra do Senhor crescia
poderosamente e prevalecia.” (Atos 19.18-20)
Por que a Palavra de Deus crescia e
prevalecia em Éfeso?
Não foi apenas porque foi pregada, e
sim, porque as pessoas, depois de receberem a pregação, reconheciam e até mesmo
confessavam publicamente os seus pecados! Estude cada avivamento na história e
você descobrirá que houve confissão de pecados. Este é o ponto. Quando as
pessoas reconhecem suas fraquezas, o poder do Espírito Santo pode se manifestar
nelas. Isso é doutrina bíblica!
Deus só opera o seu poder
transformador quando reconhecemos as áreas problemáticas,
e apenas naquela área que admitimos nossos pecados.
UM BANHO DE BRASAS VIVAS
Veja o que aconteceu com o profeta
Isaías quando teve uma visão do Senhor no templo:
“Então, disse eu: ai de mim! Estou
perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de
impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Então, um
dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar
com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os
teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado”.
(Isaías 6.5-7)
Já ouvi muitas vezes a pergunta: “qual
o mistério do toque na boca?” E sempre respondo que não há nenhum mistério; foi
a oração que o profeta fez reconhecendo impureza em seus lábios. Se a oração de
Isaías fosse “sou um homem de olhos impuros”, então o toque santificador viria
sobre os olhos. Seguindo essa lógica, muitos de nós precisamos de um “banho de
brasas”!
OS SÃOS NÃO PRECISAM DE MÉDICO...
Essa é uma verdade bíblica
incontestável. Deus só age nas áreas em que reconhecemos nossos pecados. O
Senhor Jesus ensinou sobre este princípio:
“Achando-se Jesus à mesa na casa de Levi,
estavam juntamente com ele e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores;
porque estes eram em grande número e também o seguiam. Os escribas dos
fariseus, vendo-o comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam
aos discípulos dele: Por que come [e bebe] ele com os publicanos e pecadores?
Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim
os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores.” (Marcos
2.15-17)
Quando, nesta alegoria, Jesus se
compara a um “médico”, está falando de si como Salvador;
quando fala do “doente” (que precisa da cura do médico) está
falando do pecador (que precisa do perdão do Salvador). Porém,
quando fala do “são”, não está se referindo a alguém que, por
ser justo não precise do Salvador, pois as Escrituras abordam
este assunto com clareza: “como está escrito: não há justo, nem sequer
um”(Rm 3.10). Se não há ninguém que possa ser justo sem Cristo, quem é esse
“são” que não precisa de médico na parábola contada por Jesus? O texto não fala
de alguém que seja realmente “são” (justo), mas de alguém que, porque acha
que é justo, não reconhece a necessidade do Salvador. Ou seja, não há
salvação sem arrependimento e reconhecimento de pecados.
E assim como na conversão, este
princípio permanece em toda a vida cristã. Quando desvendamos o rosto, somos
transformados. Quando dissimulamos, aparentando não ter pecado algum, a
transformação simplesmente não pode acontecer. O Espírito Santo só manifestará
seu poder transformador naquelas áreas que expusermos a Ele de forma sincera e
honesta. Porém, além de reconhecer fraquezas diante de Deus (que já sabe delas,
quer a gente admita ou não), também vejo a necessidade de fazermos isso diante
dos homens.
Há uma diferença entre confessar seus
erros a Deus e fazê-lo aos homens. Podemos afirmar que o perdão vem
com a confissão do pecado a Deus; mas a cura vem com a
confissão do pecado aos homens:
“Confessai, pois, os vossos pecados uns
aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua
eficácia, a súplica do justo. (Tiago 5.16)
Os protestantes, em nome da Reforma, e
no zelo de restaurar as verdades bíblicas abandonadas pela Igreja, saíram de
alguns extremos para outros. Alguns grupos evangélicos decidiram “jogar fora o
nenê junto com a água suja da banheira”. E uma das áreas onde criamos confusão
foi na questão da “confissão de pecados”.
Sabemos, pelo ensino bíblico, que se
alguém confessa seu pecado diretamente a Deus, receberá o perdão de seu pecado.
Condicionar o perdão divino só ao perdão de um sacerdote – ou quem quer que
seja – não está em linha com as Escrituras Sagradas. Entretanto, em nome de se
consertar desvios doutrinários, criamos outros desvios!
Por exemplo, o apóstolo Tiago está
falando sobre confessarmos os nossos pecados uns aos outros; o texto não fala
de confissão na vertical – a Deus – e sim de confissão na
horizontal – aos nossos irmãos. Quando confessamos nossos pecados ao
Senhor, recebemos perdão:
“Se confessarmos os nossos pecados, ELE é
fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
(1 João 1.9)
Mas o texto de Tiago fala de uma
confissão de pecados que fazemos “uns aos outros” e com um
propósito diferente de ser perdoado (o que acontece quando confessamos a
Deus): “para serdes curados”. Quando expomos a outros irmãos áreas
de erro e pecado em nossas vidas estamos nos abrindo para receber CURA. Não é a
vontade de Deus apenas continuar sempre perdoando alguém do mesmo pecado; mais
do que isso, o Senhor quer dar a essa pessoa vitória sobre esse pecado!
Já vi, por exemplo, inúmeras situações
de irmãos que estavam tendo problemas com pornografia e que contam, todos eles,
a mesma história. Permaneceram, por muito tempo, chorando e confessando diante
de Deus suas quedas nessa área; mas somente quando abriram com outros o seu
problema é que finalmente alcançaram vitória sobre esse tipo de pecado.
É por isso que a religiosidade é tão
danosa. Além de perpetuar a mentira – que tem como pai o próprio diabo – a pessoa
que finge uma espiritualidade que não tem entra em uma condição de estagnação
na vida espiritual em que não poderá haver transformação.
Por outro lado, é quando admitimos e
reconhecemos as fraquezas que o poder de Deus pode, então, se manifestar e operar
em nossas vidas:
“Então, ele me disse: A minha graça te
basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me
gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que
sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições,
nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou
forte.” (2 Coríntios 12.9,10)
Que tremenda definição de graça: o
poder (de Deus) que se aperfeiçoa na fraqueza (as nossas)! O apóstolo está
dizendo que aprendeu a ter prazer em reconhecer suas fraquezas e limitações,
pois esse é o caminho para que o poder de Deus opere em nossas vidas.
Caminhar com o rosto desvendado não nos
liberta apenas do alto custo (espiritual e emocional) de se viver de “teatro”,
mas ainda permite que sejamos trabalhados e transformados pelo Senhor.
RASGANDO O NOSSO CORAÇÃO E NÃO AS NOSSAS
VESTES
É tempo de tirar as máscaras, remover o
véu do rosto e andar em honestidade e transparência. Essa é a essência do verdadeiro
arrependimento e o anseio que deve reinar em todo coração que deseja render-se
totalmente a Deus. Penso que era disso que o profeta Joel, pelo Espírito Santo,
falava aos israelitas de seus dias:
“Ainda assim, agora mesmo, diz o Senhor:
Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com
pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao
Senhor, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em
irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.” (Joel 2.12,13)
O hábito dos hebreus de rasgar as
vestes para mostrar, em público, as vestes de luto que, até então, estavam
escondidas, é mostrado repetidas vezes nas Escrituras. Vejamos um exemplo:
“Quando o rei ouviu as palavras da
mulher, rasgou as próprias vestes. Como estava sobre os muros, o povo viu que
ele estava usando pano de saco por baixo, junto ao corpo.” (2 Reis 6.30
– NVI)
O rei de Israel saiu em público vestido
normalmente e, de repente, rasgou as vestes comuns para mostrar que, de fato,
estava de luto. Os seus verdadeiros sentimentos por toda a crise que
atravessavam foi manifestado quando ele rasgou suas vestes. Era uma forma de
dizer: “Vocês estão me vendo com roupas normais, mas meu interior está de
luto!”
Através do profeta Joel, Deus pediu que
os israelitas rasgassem o coração (para mostrar o seu real estado) como prova
de arrependimento. A sinceridade e a transparência têm grande poder na luta com
o pecado! O Senhor queria que o seu povo mostrasse como realmente estava o
interior, pois Ele não se importa com a aparência; o que conta para Deus é o
coração.
“O Senhor, contudo, disse a Samuel: Não
considere a sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê
como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração.” (1
Samuel 16.7)
O homem tenta manter a aparência porque
é assim que os outros homens o veem e medem. Deus quer do homem a transparência
não somente pelo fato d’Ele já conhecer o nosso coração, mas, também, porque
quer que nós aprendamos a mostrar o nosso interior aos homens (que não podem
vê-lo).
Que o entendimento dessas verdades nos
ajude a abandonar qualquer expressão de hipocrisia de modo a, pela graça de
Deus, andarmos como Paulo: com o rosto desvendado.
Adaptado de: http://www.orvalho.com/rosto-desvendado-por-luciano-subira/