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domingo, 6 de janeiro de 2013

REVERENCIA NO CULTO A DEUS








“O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Hc 2.20).

No passado houve e nos dias atuais há exageros com respeito à reverência no culto a Deus. Houve um tempo em que apenas alguns instrumentos musicais eram considerados reverentes e próprios para serem usados no culto. Quando criança, mesmo depois do culto acabado, o templo continuava a ser um lugar de reverência: as crianças não podiam correr nele, as conversas deveriam ser aos sussurros e era de bom tom manter sempre um ar sério e austero. Sem duvida, havia uma formalidade além da conta. Por outro lado, o exagero de hoje se dá justamente pelo contrário: falta formalidade de tal forma que sequer somos reverentes no culto a Deus.

Aqueles que tem pouco mais que trinta anos devem lembrar que quando crianças havia uma certa rotina a se cumprir ao se chegar à igreja. Primeiro, chagava-se a tempo de cumprir essa tal rotina que consistia basicamente em fazer xixi, beber água e acomodar-se no templo – tudo isso antes que o culto começasse! Uma vez começado o culto, ficaríamos onde estávamos até depois da benção apostólica. Nossos pais faziam questão que fosse assim. Lembro-me que as crianças sentavam-se com seus pais e que eles sempre os lembravam da tal reverência na casa de Deus.

Em tempos não muitos distantes, os oficiais da igreja, presbíteros e diáconos, tinham autoridade. Se as crianças escapassem dos pais durante o culto, certamente seriam apanhados por um diácono e este os reconduziria ao lugar junto daqueles. Parece que naquela época os pais tinham vergonha de ter filhos mal educados e irreverentes.

Hoje podemos dizer que é tudo muito diferente nas igrejas. Primeiro, chegar pontualmente já um suplício, imagine chegar mais cedo! E parece que não percebemos que atrasar-se constante e deliberadamente para o culto é falta de reverência. Mas o problema é sistêmico. Uma coisa leva a outra. Depois de chegarmos atrasados, faltamos com a reverência no culto a Deus porque não conseguimos adiar a saciedade de nossa sede. Sempre que ela surge simplesmente nos levantamos para pegar um copo d’água. Também tem o xixi dominical que só pode ser feito no meio do sermão. E os malditos celulares que, tocando ou em silêncio, impõem sempre a necessidade de serem atendidos.

Os jovens, com relação à reverência, são vitimados pela falta de referência. Muitos não observam em seus pais o zelo devido no culto a Deus. Os pais são complacentes e preferem não enxergar que seus filhos não temem a Deus. Por exemplo: o que fazem os pais quando são informados que seus filhos, durante o culto, em vez de adorarem ficam jogando em seus celulares e/ou trocando mensagens eletrônicas? Nossos filhos sentam no fundo da igreja e nós simplesmente damos as costas para a irreverência deles. Precisamos estar atentos, ensinar com amor, ser exemplo e coibir tal prática.

O culto a Deus exige ordem e decência (1Co 14.40). Reverência é algo que está extremamente ligado ao nosso conhecimento a respeito de quem é Deus, do que Ele fez por nós em Cristo e, também, do nosso conceito sobre o que é culto. Um texto que devemos lembrar é: “Guarda o pé, quando entrares na Casa de Deus” (Ec 5.1), em outras palavras, “Quando você for ao santuário de Deus seja reverente”.

Durante o Culto não é hora nem lugar para acessarmos redes sociais, mandarmos mensagens ou mesmo ficarmos de conversa pelo celular ou pessoalmente com quem quer que seja. Muito menos para os terríveis joguinhos por Celular, Tablet, Ipad ou qualquer outro meio. Este é o nosso tempo de adoração; chegue a Deus com inteireza de coração. 

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