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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Não julgue precipitadamente


“Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mateus 7:1).

Você já se sentiu injustiçado? Certamente muitas vezes você, assim como eu, já deve ter sido julgado e condenado precipitadamente, ou quem sabe já fez ou tem feito isso com a pessoa que Deus colocou ao teu lado.

Lembro do que senti na primeira vez que me deparei com esse texto de Mateus, pensei: “Nunca vou julgar ninguém, para que Deus também não me julgue”. Na verdade a intenção do meu pensamento era:”Nunca vou condenar ninguém para que também Deus não me condene”; lamentavelmente descobri que eu estava errado em ambas.

Jesus Cristo não estava nos ensinando uma fórmula mágica para escapar do julgamento divino; Ele estava nos ensinando a aprimorar o nosso relacionamento com as pessoas à nossa volta.

Ele adverte: “Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também (Mateus 7:2). Deus não nos impede de avaliar, de analisar atitudes e procedimentos. Ele nos mostra que da forma que julgarmos, as pessoas à nossa volta nos julgarão.

Ele nos ensina a não permitirmos ser dominados pela nossa forma natural de analisar as coisas; a não exercermos o juízo e condenação precipitados. Muitas vezes somos acusados de ter feito o que não fizemos; isso é ruim; mas nada se compara a ter as suas intenções julgadas e condenadas de forma precipitada.

Tudo que é avaliado precisa ter um padrão de conformidade. Existe um padrão para o metro, outro para o quilo, da mesma forma para o litro e assim por diante. Julgamos por padrões estabelecidos. O grande problema está nos julgamentos subjetivos. Julgamos não somente as ações, mas as intenções que levaram a essas ações. É nesse ponto que começamos a brincar de ser Deus, e não somos deuses.

Todos nós formamos padrões mentais com base nas nossas experiências, na nossa cultura e muitas vezes, nos nossos traumas. Quando vemos uma ação, associamos imediatamente a algo que vivenciamos e associamos à intenção de quem praticou o ato; não o ato de hoje, mas ligamos ao ato que nos causou dor. Isso não tem como dar certo; assim fazendo vamos julgar precipitadamente, condenar injustamente e proclamar a sentença indevidamente.

Não temos como fugir da capacidade e responsabilidade que Deus nos dá de avaliar e julgar. Quantas tragédias tem sido evitadas por exercermos essas habilidades no cuidado com os nossos cônjuges e nossos filhos. Quando Jetro visitou Moisés viu o que ele estava fazendo, analisou (julgou) e disse: Não é bom o que você está fazendo. A sua intervenção livrou Moisés do seu erro.

O melhor caminho para consertar relacionamentos dentro e fora dos nossos lares é desenvolver a arte de não se permitir dominar pelo julgamento natural. Precisamos controlar os nossos impulsos, compreender as nossas diferenças, perceber que nem todos pensam e agem conforme as nossas experiências e acima de tudo conforme os nossos traumas; e desenvolver a arte de não promulgar juízo difamatório precipitadamente.

Jesus Cristo nos orienta ainda a tirar primeiro a trave do nosso olho para podermos ajudar ao nosso irmão. A trave nos impede de ver de forma adequada. Os nossos traumas e as coisas que nos impulsionam as ações, não movem necessariamente ao nosso irmão ou ao nosso cônjuge. Cada um tem uma maneira de ser e de agir; compreender isso nos levará a dias melhores nos nossos relacionamentos.

Hoje é um excelente dia para buscar o melhor de Deus pra sua família; um excelente dia para aprender a vencer os impulsos naturais de julgar precipitadamente. Tome cuidado com isso, não multiplique a dor nem promova a injustiça, não julgue precipitadamente.

Deus te abençoe sempre.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Dona Pipinha, tio Josué e o filho de Creuza.



O dia 29 de setembro de 2018, ficará pra sempre gravado em minha memória,
talvez a data eu esqueça em poucos dias, mas as emoções vivenciadas neste
dia, são simplesmente inesquecíveis.


Em março deste ano ganhei mais um irmão, Denilson. Sabe aquela coisa
inexplicável, de ligação de alma, foi assim. Ele não foi nascido do ventre de
D. Cleide, a minha mãe, ele é filho de Creuza e José Pinto, nasceu em
Quebrangulo-AL, em 1971. Aliás, foi nesta pequena cidade do agreste
alagoano que vivenciamos as preciosas lições desse dia.


Há poucos meses, o filho de Creuza me confidenciou o “sonho” de voltar a
Quebrangulo, aquele sonho, no momento, me pareceu tão “inalcançável” que
eu resolvi comprar a briga e dar esse presente ao meu irmão.


Depois de algumas tentativas e desistências marcamos a viagem para o
sábado, 29 de setembro. A expectativa era imensa, mas, ainda assim,
crescente. A princípio iríamos junto com as nossas esposas e a Elana,
filha do Denilson; mas elas decidiram ficar. Foi nesse momento que
“contratei um motorista”; convidei o nosso irmão Ronaldo, para nos
acompanhar nessa inesquecível aventura.


Talvez pelo fato de as mulheres não terem ido, conseguimos sair de Jaboatão
dos Guararapes-PE, com pontualidade britânica: Às cinco horas da manhã
pegamos a estrada, e às nove e trinta, depois de uma viagem agradável, cerca
de 300 Km. Graças a Deus, chegamos ao nosso destino.


Havia pouco mais de trinta anos que o filho de Creuza não retornava à sua
cidade, mas ele encontrou sem muitos problemas a casa de D. Pipinha.
A doce senhora que havia segurado Drinha (assim era chamado o Denilson)
ainda bebê, estava sentada no terraço da casa.


Já com a vista cansada por conta dos seus sessenta e poucos anos, e um
pouco assustada com tudo aquilo, ela não tinha ideia do que estava
acontecendo. Denilson entrou no terraço e perguntou: D. Pipinha, a senhora
lembra de mim? É Drinha, filho de Creuza e do finado José Pinto.


Neste momento um turbilhão de doces memórias invadiu o coração de
D. Pipinha enquanto ela, em lágrimas, abriu os braços para ter novamente
junto ao peito o filho da amiga, a quem ajudara a ninar havia quase cinquenta
anos. Drinha se ajoelhou abraçado a D. Pipinha e choraram emocionados por
pouco mais de um minuto. Neste momento, Rosineide, a filha de D. Pipinha
apareceu na porta da cozinha, procurando entender o que estava acontecendo.
Não há palavras que expressem o que se passou neste momento.


Depois disso tentamos descobrir como chegar a casa do tio Josué, mas
ninguém sabia uma forma segura de chegar lá. Foi sugerido que fossemos
“pela linha” (do trem), um percurso de pouco mais de 4 Km, a pé, numa região
desconhecida e sem a certeza de encontrar a casa do tio. Eu estava assustado
com essa opção.


Pouco tempo depois uma amiga de D. Pipinha nos trouxe um moto-taxista, um
daqueles anjos que Deus nos envia quando precisamos encontrar a casa dos
tios que não vemos há mais de trinta anos. Ele assumiu a tarefa de nos
conduzir até a casa do tio Josué, irmão do finado Zé Pinto.


Claro que não chegaríamos lá sem novas emoções. No caminho, o rapaz
parou na “Fazenda 44”, para se certificar com alguém, onde morava o tio Josué.
Seguiu pela rodovia, poucos quilômetros depois entrou numa estrada de barro,
rodou alguns instantes, abriu uma primeira porteira e começou a nos conduzir
no meio do mato.


Abriu a segunda porteira, nos guiou por mais alguns minutos mato a dentro,
já não havia estrada e nós já tínhamos a “certeza” de que, ele talvez nos
levasse à casa de “outro Josué”, mas aquele caminho não nos levaria a casa
do tio. Ele abriu a terceira porteira e continuou mato a dentro.
Junto a uma ladeira, ele pediu que parássemos o carro e disse que dali pra
frente seguiríamos a pé. Eu me assustei.


Ele desceu, de moto, e eu pedi que o filho de Creuza fosse a pé, logo depois
dele. Alguns minutos depois o rapaz volta dizendo que fossemos atrás do
Denilson, pois ele já estava na casa do tio Josué.


Pagamos ao rapaz e ele voltou para a cidade. Nesse momento eu pensei: Meu
Deus, será que vamos achar as três porteiras? Já estava perto das onze horas
da manhã e eu e Ronaldo descemos a ladeira já pensando na galinha guisada
que possivelmente nos seria servida no almoço.


Ao longe já vimos o filho de Creuza ao lado do tio, que sentado no terraço,
trabalhava nas coisas do sítio. Quando chegamos ele nos recebeu muito bem,
exceto pela piadinha com o meu sobrepeso.


Pouco tempo depois Ronaldo já descobriu um pé de laranjas, e dele não se
desligou até a hora em que um percevejo o afastou. O filho de Creuza
encontrou uma foice com um cabo de quatro metros e foi buscar alguns cocos
que nos alimentaram até que D. Anunciada (Esposa do tio), mandou chamar
“os meninos” pra almoçar.


Fiquei muito feliz por três coisas: Por descobrir que o almoço estava pronto,
por perceber que “os meninos” éramos nós, e pelo fato de ver que realmente
comeríamos uma deliciosa galinha com o tempero típico das habilidosas mãos
de uma senhorinha, de um sítio, no agreste. Todo mundo deveria comer uma
galinha dessas pelo menos uma vez na vida.


Depois do almoço, eu e o Ronaldo, deixamos o filho de Creuza conversar por
algumas horas com o tio, cada um encontrou um sofá, e atrapalhamos o sono
um do outro com os nossos breves roncos.


As três horas da tarde presenciamos um gostoso abraço de despedida entre
tio e sobrinho, nos despedimos de todos, agradecemos a acolhida, prometemos
retornar lembrando da galinha, e partimos em direção às três porteiras, na
esperança de retornar em segurança aos nossos lares.


Voltamos por Garanhuns, querendo dar um breve abraço em Bernadete,
“boadrasta” de minha esposa; fomos a Saloá para dar um abraço no Nando,
tio de Ronaldo. Mas esses abraços terminaram não acontecendo.
Não achamos a casa do Nando, nem deu tempo de passar na casa de “Berna”.

Creio que não era dia de Nandos e Bernas, esse dia deveria ficar guardado
em nossas memórias como um dia muito especial, dia de reencontros, de
fortes emoções. Que Deus nos ajude a investir em relacionamentos, para
vivenciarmos o amor em suas formas mais puras e distintas; como o que
vivenciamos neste dia, o dia de D. Pipinha, tio Josué e o filho de Creuza.


Deus nos abençoe sempre e nos dê o privilégio de ver esses três juntos
novamente.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

O que te impede te aproximar de Deus?



"E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia" Marcos 8:23
Conheci um homem que estava em um retiro espiritual e entregou o celular a um dos pastores, por quê, segundo ele, não podia atender a amante num lugar como aquele. Poucos dias depois de sair dali, aquele homem estava novamente nos braços da amante; largando a Deus e fazendo a opção pelo pecado.
O Senhor Jesus, algum tempo depois de ter curado o cego ao redor de betsaida, e de ter ordenado àquele homem que não mais entrasse na aldeia, proclamou um duro sermão contra Betsaida e também contra Corazim e Cafarnaum. Essas aldeias foram comparadas pelo mestre da Galileia, a Tiro, Sidom e Gomorra.
Eu não sei você, mas eu decididamente não gostaria de morar num lugar como esse, um lugar onde Jesus tem o cuidado de ordenar que uma pessoa que se aproxima dele, não entre.
A cada dia que passa eu me impressiono mais com o caráter e a singularidade de Jesus; que cuidado tremendo! Ele sai com o homem da Aldeia para poder curá-lo, e depois de curá-lo, ordena que não volte mais para lá.
Não se sabe ao certo o que levou Jesus a agir dessa forma, mas uma coisa é certa: Betsaida não era um bom lugar para aquele homem, e Jesus tomou o cuidado de afastá-lo de lá.
Certamente havia algo em Betsaida que poria em risco o caminhar daquele homem com o seu Senhor; o que me leva a perguntar: O que te impede te aproximar de Deus?
Precisamos ter a coragem de tomar as decisões certas na nossa vida, Deus espera que abandonemos o pecado e olhemos para cima, entregando a nossa mente e as nossas emoções ao Senhor Jesus; colocando os nossos olhos em Deus. Mas, para isso, precisamos nos afastar do que nos impede de aproximar de Deus.
Para ser curado, aquele homem precisou sair da aldeia, para permanecer curado, ele não podia mais voltar para lá. Precisamos assumir uma nova postura; tomar cuidado com as nossas amizades, bem como os lugares onde vamos. Jesus nos conhece como ninguém; cada um de nós sabe o que tem de ser feito, rompa com aquilo que te impede te aproximar de Deus.
Não sei que perigos ameaçam a tua fé, assim como não consigo determinar que perigos ameaçavam a fé daquele homem; mas tenho plena certeza de que Jesus sabia, e ele sabia; assim como sei que Jesus sabe, e que você sabe, o que te impede te aproximar de Deus.
Hoje é uma excelente dia para buscar o melhor de Deus para sua vida; posso te garantir que isso passa por essa decisão. A Bíblia diz que o caminho que leva ao céu é um caminho estreito, a porta de entrada ao céu é uma porta estreita, você precisa arrancar da sua vida aquilo que te impede te aproximar de Deus. Se quisermos realmente nos aproximar de Deus, precisamos fazer o caminho inverso ao que fez o homem que voltou para os braços da amante; precisamos largar o pecado, fazendo a opção por nos aproximar de Deus.
Deus te abençoe sempre.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Escolha a vida


Escolha a vida.


“Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem,
e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque
todos pecaram” (Romanos 5:12).


Sempre gostei de aprender, e ficava particularmente ansioso quando a
professora de ciências anunciava uma nova experiência. Encontrávamos
muitas respostas nessas experiências dirigidas, mas foi em uma experiência
não dirigida aprendi acerca do poder de contaminação.


Eu era ainda criança e a minha mãe tinha feito um dos seus deliciosos pratos,
que comemos bastante, mas havia sobrado um pouco que foi guardado na
geladeira. Minha mãe sempre dizia que não era pra colocar a mão nesse tipo
de alimento, pra não estragar; mas eu coloquei a minha mãozinha, escondido,
e peguei uma porção daquele delicioso petisco. Contaminei a comida e
estragou todo o resto.


Nesses dias, em um dos grupos de discipulado de nossa igreja, uma garota
perguntou: “Por quê Deus não perdoou simplesmente o pecado de Adão?”
Quando soube dessa pergunta eu pensei: Será que havia essa possibilidade e
Deus escolheu o caminho mais difícil? Será que Deus simplesmente nem
pensou nisso? Certamente não. Deus enviou seu único filho pra morrer na
cruz em nosso lugar porque essa era a única forma de reconciliar a
humanidade com Ele.


“Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem,
e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens,
porque todos pecaram” . O grande problema pós-queda não era perdoar,
ou não, o pecado de Adão; o grande problema pós-queda foi a morte, que
passou a todos os homens. Pela queda de Adão o pecado entrou na história
da humanidade, e pelo pecado, a morte alcançou a todos os homens.
A consequência do pecado de adão foi muito mais séria do que o prejuízo
causado pelas bactérias das minhas mãos, e da mesma forma, estragou
todo o resto.


No entanto, “Se pela transgressão de um só a morte reinou por meio dele,
muito mais aqueles que recebem de Deus a imensa provisão da graça e a
dádiva da justiça reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo”
(Romanos 5:12). O problema causado pela transgressão de Adão colocou
em risco todo o projeto de Deus. O Senhor projetou comunhão com toda a
raça humana; a queda exigiu uma solução não somente para o pecado de
Adão, mas para a morte que atingiu a todos os homens. Deus enviou seu
filho a cruz para que esmagasse a cabeça da serpente e pusesse por terra o
seu plano de separar o homem de Deus.


A partir de então, temos o direito de escolher se queremos nos associar ao
primeiro Adão, em desobediência que traz consigo a morte; ou ao segundo
Adão, que é Cristo, recebendo a imensa provisão da graça e a dádiva da
justiça derramada sobre cada homem e mulher nessa terra. Escolha a vida.


Minha mãe perdoou a minha desobediência, mas a comida estragou e Ela
precisou providenciar outra coisa para alimentar a família no dia seguinte.
Deus perdoou Adão, mas a morte passou a todos os homens e Ele precisou
enviar Jesus Cristo para nos dar direito a vida. Escolha a vida; Jesus Cristo
precisou passar pela morte de cruz para que você tivesse acesso a ela.


Deus te abençoe sempre.

sábado, 25 de agosto de 2018

Acordando no colo do Pai

Antes que se rompa o fio de prata, e se despedace o copo de ouro, e se quebre o cântaro junto à fonte, e se desfaça a roda junto ao poço, e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”. (Eclesiastes 12:6,7).


Algumas vezes meus filhos, quando pequenos, dormiam no meu colo, na minha cama ou comigo
numa rede e acordavam, ou, como acontece hoje com os meus netos, ainda acordam, na própria
cama. Um dia cada um de nós fará o caminho inverso, vamos dormir nesta vida e vamos acordar
na outra, espero que acordemos “no colo” do nosso pai celeste.


Certa vez um médico me explicou o que ele chamava de “universo familiar”. Ele disse que era,
todo mundo que tivesse um contato diário e familiar com a gente, o pai, a mãe, os avós, irmãos,
tios, cachorro, papagaio e coisas do gênero. Nestes dias estive diante da possibilidade iminente de
um diagnóstico ruim e o meu universo familiar passou a ter um “cuidado” comigo que eu até tava
gostando desse troço.


Eu estava mais tranquilo do que achei que ficaria diante de uma situação como essa. Graças a Deus
o diagnóstico ruim não se confirmou e a vida voltou ao normal. Na verdade dou graças a Deus pela
certeza de que, pelo menos do que o meu universo familiar temia, não vou morrer tão cedo; mas
quanto a vida voltar ao normal, eu estava até “curtindo” o “cuidado extra”; quem sabe, me
aproveitando um pouquinho da situação.


Esse fato me levou a pensar um pouco mais sobre a valorização da vida e dos relacionamentos,
principalmente do relacionamento com o nosso universo familiar. A vida é muito curta; as
oportunidades de tocar, cuidar, abraçar, estar próximo manifestando o carinho e cuidado extra são tão
poucas. Meus pais e dois dos meus irmãos já não estão mais conosco. Já não posso demonstrar a
eles o valor que têm pra mim.


Em nosso texto base o sábio salomão descreve o desvanecer da vida. Mostrando que devemos viver,
a cada dia, a valorização da vida, antes que se rompa o fio de prata… e o espírito volte a Deus que o
deu.


Hoje é um excelente dia para buscar o melhor de Deus pra sua família. Um excelente dia para
manifestar um cuidado extra. Ame mais, reclame menos, abrace mais, esteja ao lado, valorize a vida.
Antes que um diagnóstico ruim rompa o fio de prata; antes que a última noite chegue, a noite em
que vamos dormir na nossa cama, e deixemos o nosso universo familiar para sempre, acordando
no colo do pai.


Deus te abençoe sempre.

terça-feira, 27 de março de 2018

Guarde bem o seu tesouro


“Assim como a mosca morta faz o ungüento do perfumador exalar mau cheiro, assim é para a sabedoria e a honra um pouco de estultícia” (Ec 10:1).

Antes de casarmos, eu e a Nhircelene fomos convidados por um casal jovem de nossa igreja para almoçarmos juntos após a Escola Dominical. Lembro que a irmãzinha havia preparado uma feijoada; o cheiro estava ótimo; mas não chegamos a comer dela, havia caído uma barata dentro da feijoada e Deus me livrou de comer dela na primeira garfada.

Daí surge a pergunta: Por que caiu uma barata na feijoada? Porque depois de gastar horas preparando-a com muito esmero e carinho, a irmãzinha deixou uma brecha entre a tampa e a panela. “Assim como a mosca morta faz o ungüento do perfumador exalar mau cheiro, assim é para a sabedoria e a honra um pouco de estultícia”

Precisamos guardar bem o nosso tesouro; precisamos fechar as brechas.

A mosca da qual o verso fala não era a mosca doméstica que muitas vezes nos perturba em nossa casa; era um inseto mais próximo do nosso “percevejo”; aquele inseto que solta um cheiro insuportável e inconfundível. Imagina um perfume com aquele cheiro.

O perfumista trabalha durante dias para produzir um excelente perfume; um belo dia, tudo se perde por causa do fedorento inseto. O texto faz também referência ao prejuízo causado à sabedoria e à honra, pela estultícia. Anos de sabedoria e honra podem se perder por causa de uma estupidez.

Uma brecha, um único ato impensado pode comprometer muita coisa em nossa vida. Anos de intimidade com Deus podem ser jogados fora por causa de alguns minutos de prazer; a unção de Deus sobre as nossas vidas pode se perder, mesmo depois de tanto investimento de Deus em nós.

O apóstolo Paulo nos adverte: “Atentando, diligentemente, para que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hb 12:15). Ele dá como exemplo uma raiz de amargura, mas podemos nos separar da graça de Deus por tantas outras coisas. Qual tem sido a tua mosca morta? Qual estultícia o Diabo tem usado para destruir anos de sabedoria e honra em tua vida? Guarde bem o seu tesouro.

As brechas na fidelidade e compromisso para com o Senhor tem aberto portas ao devorador na vida de muita gente; e tem estragado o bom perfume de Cristo sobre vidas promissoras.

O rei Davi, passeando nos terraços do seu palácio, permitiu que houvesse uma mosca morta em seu perfume; ao observar Batseba tomar banho. Depois disso ele se preocupou mais com a sua reputação do que com o seu caráter; e o Diabo destruiu a sua família. Algum tempo depois, encontramos Davi amargando um incesto em sua própria casa, tendo de administrar o fato de um filho assassinar o outro, sofrendo pela rebelião e morte de seu filho Absalão, pelo qual ele chorava amargamente, desejando morrer em seu lugar. Cuide de sua família.

Hoje é um excelente dia para buscar o melhor de Deus pra sua vida e pra sua família. Hoje é dia de cuidar dos seus tesouros, de atentar para o alerta de Deus e fechar as brechas. Guarde bem o seu tesouro; ainda dá tempo.

Deus te abençoe sempre.