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domingo, 2 de setembro de 2012

Ovelhas Fracas, mas Inteligentes.

Ovelhas fracas, mas inteligentes
Jesus é o nosso pastor. Tomando o exemplo de um pastor hebreu, ele age, cuida, consola, exorta e dirige-nos pela caminhada até pastos verdejantes e águas tranqüilas. Somos ovelhas dele. Como tal, somos fracas e totalmente dependentes. Traduzindo, temos plena noção de que, para vivermos, tudo precisa vir dEle. Não há nada em nós que nos dê esperança ou confiança para vivermos sozinhas. Somos pobres de Espírito. Pobres de recursos. Confiamos somente em sua graça.
É muito arriscado viver, caminhar, avançar ou crescer longe de seus cuidados, ternos e amáveis. Os problemas são os lobos, tentando minar nossas vidas; além deles, temos os falsos pastores, com falsos ensinos e apenas interessados no que temos para dar, sem alguma preocupação com nossa alimentação, saúde e crescimento.
Mas há mais um detalhe nas ovelhas que Jesus não deixa passar despercebido em sua parábola em João 10: elas são inteligentes. O que elas tem de fraqueza, tem de inteligência. Para elas, não há dúvidas quanto à voz e a autoridade de seu pastor. Pelo som apenas, sem precisar vir, discernem se quem as chama é ou não o verdadeiro pastor.
Somente esse detalhe da parábola nos faz ver que não faz sentido a ignorância quase generalizada assalta o rebanho brasileiro. Como tem dificuldade em reconhecer quem lhes fala, quem lhes ensina. Pior, aceitam tudo sem analisar, à luz das Escrituras, a procedência e a conformidade com os ensinos de Jesus e chamam de críticos os que o fazem, travestindo-se de uma falsa humildade por não julgar o conteúdo da mensagem que recebem.
Parece que tudo se inverteu atualmente. O rebanho brasileiro é forte; suas ovelhas, independentes. Não precisam de pastor. Confiam sua própria sorte à emoção e à impressão, próprio ou de terceiros. Alimentam-se de tudo e tem sua própria bússola. Não é em vão que há muitas perdidas, precisando voltar aos “antigos caminhos”. Confiam em si mesmas, em seu tempo de igreja, na função que desempenham, na influência que exercem. A Palavra do pastor? Não precisam. A mensagem chega direto pelo “profeta”, personalizada.
Mas sendo fortes, tornaram-se néscias. Não ouvem seu Pastor, por isso erram o caminho. Não O veem, logo não O seguem. Antes, o mitificam. Tem noção de como Ele seja, reconhecem alguns de Seus ensinamentos, mas ignoram pontos mais confrontantes e exigentes de Sua mensagem. Portanto, não crescem, vivem doentes, com comportamentos infantis. Não se doam, levam uma vida longe do recomendado a elas.
A Palavra de Deus permanece, meus irmãos. Ou confiamos em Jesus e sua Graça, ou morremos. Ou damos à sua Palavra o valor que lhe é devido, ou sofreremos por nossa ignorância. E dar valor a ela é submeter-se, debruçar-se sobre seus ensinos até que eles sejam absorvidos e transformem-nos; é rejeitar falsos ensinos e combatê-los, sob perigo de desviarmos a rota que nos leva aos lugares que ele nos reserva; é ter ouvidos acurados para somente dar atenção ao nosso Pastor.
Que o Senhor nos livre dos falsos pastores e dos lobos, mas que nos livre de nossa própria ignorância e soberba, que tenta nos fazer achar que Sua Palavra é substituível e sua voz apenas mais uma no meio da multidão. Caso contrário, os pastos serão insípidos, insossos e deletérios; a alma sempre amargurada pelas demandas da vida; o temor, provocado pela ausência do pastor, um companheiro de jornada; e as águas tranqüilas, inatingíveis.
Por Tiago Lino Henriques – Editor do Blog do Lino
www.tiagolinno.wordpress.com

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