Introdução:
Certa vez, perguntaram a Agostinho de Hipona: “Quando devo começar a educação do meu filho?” “Vinte anos antes de ele nascer”. Respondeu ele; “primeiro você se educa, só depois poderá educar o seu filho”. Existem princípios básicos na formação dos filhos aos quais os pais não podem de forma alguma desprezar; estes são balizas seguras na caminhada; marcos que jamais deverão ser removidos; sinais que não se pode permitir apagar ou destruir. Hoje, mais que em qualquer outra geração, há uma orquestração do inferno para destruir a família. Há uma conspiração contra a família; o diabo e seus perversos agentes têm derramado sobre ela todo o seu ódio e as mais perversas e sórdidas artimanhas, com o propósito único de desmoralizar e corromper a mais importante das instituições divinas. A família é não somente a base da igreja, mas de toda a sociedade. Se quisermos uma sociedade forte precisamos de famílias fortes; se quisermos uma família forte e bem estruturada é imprescindível que aprendamos acerca da vida em família e do papel que cada um deve desempenhar dentro do universo familiar. Jamais seremos bem sucedidos na tarefa de educar se não pudermos responder com segurança à pergunta com a qual a própria vida nos confrontará: Pais, quem são seus filhos? Mesmo respondendo com profundidade e maturidade a esta pergunta talvez não consigamos evitar momentos de profunda dor e algumas decepções. Mas, conhecer os nossos filhos nos levará sem dúvida alguma a conhecermos melhor a nós mesmos; e se estivermos dispostos a permitir que Deus nos trate; enfrentaremos as dores e decepções em relação aos nossos filhos com uma melhor visão das coisas. Deus com certeza nos mostrará o melhor caminho a seguir; o amor que só Deus pode dar permeará nossas atitudes de forma a não permitir que tais coisas destruam nossas vidas, a vida dos nossos filhos, nem as nossas famílias. Se quisermos ser bem sucedidos na tarefa de conduzirmos os nossos filhos ao propósito de Deus, precisamos promover mudanças substanciais na nossa estrutura familiar e na nossa visão a respeito da nossa missão como pais. Eis algumas delas:
Preparar-se para a tarefa.
Na sociedade competitiva de hoje procuramos preparar-nos para muitas coisas; fazemos os mais diversos cursos e capacitações, fazemos seminários, participamos de treinamentos, lemos livros e participamos de encontros; mas poucos são os que procuram se preparar para a difícil tarefa de educar. Como pais, precisamos reconhecer a importância do ministério que nos está proposto em relação aos nossos filhos. Deus tem confiado a nós a responsabilidade de conduzirmos os nossos filhos a uma vida de comunhão, intimidade, santidade e serviço na sua obra. É responsabilidade dos pais não somente a educação social e o ensino; mas acima de tudo o exemplo. Infelizmente muitos pais têm negligenciado o fato de que ensinam muito mais pelo que fazem do que pelo que dizem; os pais são instrumentos vivos na formação do caráter dos seus filhos. Assim sendo é fundamental que reconheçam a função sacerdotal; valorizem o testemunho e procurem se preparar de forma adequada para esta tarefa. Criar filhos é uma tarefa para a qual a grande maioria ainda não está pronta, mesmo os casais que se julgam preparados; é uma tarefa que abrange várias áreas, cada uma mais complexa que a outra.
É necessário preparo para enfrentar questões como: mudanças impostas à rotina e prioridades da vida familiar do casal. sempre que chega uma criança em um lar ela traz consigo a necessidade de profundas transformações em toda estrutura familiar até então existente. Ela mexe com os horários; tudo a partir daí gira em torno das suas necessidades; a mãe tem que parar de trabalhar fora ou abdicar de algumas atividades domésticas; o pai precisa se envolver com algumas tarefas com as quais jamais imaginou envolver-se um dia; durante alguns meses o sono de todos na casa é extremamente e constantemente perturbado; até o cachorro, o gato e o papagaio sentem que alguma coisa mudou naquela casa.
Profunda alteração no orçamento.
Um filho sempre impõe ao orçamento familiar uma mudança mais profunda do que qualquer previsão orçamentária jamais foi capaz de estabelecer. Por conta disto muitos pais vêem os filhos como causadores da bancarrota familiar. Os pais precisam levar a sério a questão do orçamento familiar e em hipótese alguma lançar sobre os filhos a culpa pelos seus problemas financeiros.
Adaptação a cada fase na vida dos filhos.
A vida é muito dinâmica; principalmente até a juventude. É muito difícil para os pais acompanharem com sucesso as constantes mudanças nas vidas dos seus filhos; as cólicas, os primeiros dentes, engatinhar, os primeiros passos, as primeiras palavras, o primeiro dia de aula, a primeira lista de material escolar, as crises da adolescência, o(a) primeiro(a) namorado(a), o primeiro casamento e o primeiro neto não necessariamente nesta ordem. A melhor coisa a fazer para enfrentar tudo isto é buscar ajuda de Deus e se preparar para cada uma destas fases.
Conhecer
Tenho dois filhos, costumo dizer que são lindos; verdadeiramente eles são; quem duvidar pode perguntar à minha esposa. Eu poderia aqui listar várias qualidades que me orgulham em ambos e se quisesse ser honesto deveria listar alguns dos defeitos que com certeza eles também têm. Mas, conhecendo-os como os conheço sei que não gostariam nem de uma coisa nem de outra. Cada pai deve se esforçar ao máximo em conhecer o melhor possível aos seus filhos; cada um deles é um individuo totalmente diferenciado dos irmãos deles, dos filhos dos seus irmãos e amigos; e pasmem... radicalmente diferente de você pai. Nós pais temos o mau costume de pensarmos que os nossos filhos não têm alma; muitos pensam que os filhos deveriam vir ao mundo sem vontade própria, sem emoções, desejos ou sentimentos; verdadeiros clones.
Mas graças a Deus não é assim. É muito comum encontrarmos pais decepcionados com as escolhas dos seus filhos dizendo: “mas o meu sonho para ele era tal e tal”; será que nós somos o que os nossos pais sonharam para nós? E se por acaso somos, será que isto nos faz felizes? Nossa tarefa como pais definitivamente não é fazer com que os nossos filhos realizem os “nossos sonhos”; e sim ajudá-los a realizarem os seus e principalmente os sonhos de Deus para eles. Precisamos conhecê-los melhor a cada dia para que possamos orientá-los eficientemente nesta difícil jornada.
Reconhecidamente, uma das fases mais complexas e que mais exige conhecimento da parte dos pais em relação aos filhos é a adolescência; durante a puberdade, o ser humano passa por uma série de mudanças estruturais e fisiológicas de conseqüências permanentes na vida do indivíduo. Vejamos:
1. Crescimento. Na puberdade, cada parte do corpo se desenvolve com mais rapidez do que em qualquer outro período da vida, exceto no primeiro ano, quando o crescimento é realmente precipitado. Começando aos dez ou onze anos para as meninas e aos onze ou doze para os meninos, a aceleração pubescente é mais acentuada durante os dois ou três primeiros anos; depois, na chamada segunda fase da adolescência, torna-se mais lenta. Em um ano o adolescente pode ganhar até doze quilos e crescer até dose centímetros.
2. Desarranjo na pele. Assim como todo o corpo a pele do adolescente também passa por profundas transformações durante esta fase. Estas mudanças muitas vezes resultam nas mais difíceis experiências. As glândulas sudoríferas modificadas se desenvolvem gerando um odor característico, enquanto as glândulas sebáceas produzem sebo e óleo para a pele. Quando os poros não se abrem de forma adequada surgem as espinhas e manchas na pele; o que leva o adolescente a um profundo acanhamento.
3. Voz. Outra dificuldade que o adolescente tem que passar é a mudança na voz, a qual se torna difícil de dominar. Isto contribui para aumentar a sua inibição e os seus problemas, principalmente no caso dos meninos.
4. Maturação sexual. O clímax do desenvolvimento do adolescente é o desenvolvimento dos seus órgãos de reprodução. Quando estes alcançam a capacidade do funcionamento adulto, a puberdade foi atingida. As funções que determinam o amadurecimento sexual são duas: a ovulação na moça e a espermatogênese no rapaz, que indicam a capacidade da reprodução.
5. Nervosismo. Toda esta série de mudanças produz um nervosismo quase que incontrolável no adolescente.
6. Preocupação emocional. O adolescente produz um universo de novas posturas emocionais muito vasto, por exemplo: Ansiedade indevida sobre erros cometidos,distração, divagação, falta de participação voluntária em classe, interesse meticuloso em detalhes, tendência a perambular sozinho, atitude crônica de apreensão etc. É muito importante que os pais fiquem atentos, pois muito freqüentemente os adolescentes precisam de ajuda espiritual ou psicológica no transcurso desta fase.
Respeitar
Uma das maiores queixas dos filhos, principalmente jovens e adolescentes se refere ao respeito; nossa geração, me refiro aos pais, não foi criada num sistema onde os pais respeitassem os filhos; a Bíblia aconselha os pais a não provocarem os filhos à ira (Ef. 6:4); o que indica que os pais devem respeitar os filhos como indivíduos e ensiná-los acerca do respeito. Como já dissemos, é muito fácil que sejamos influenciados pelo mundo à nossa volta; e o fato de sermos fruto de uma geração desprovida de respeito pelos nossos pais, faz com que também tenhamos dificuldades em respeitarmos os nossos filhos. Devemos lembrar que os filhos têm direito a: carinho, atenção, falar, questionar até entender e a ter o mesmo tratamento dos seus irmãos e irmãs.
Ser respeitado
Assim como os filhos têm direito ao respeito, eles têm também a obrigação de respeitar não somente os pais mas a toda a sociedade; muitos pais permitem desde a mais tenra infância que seus filhos os desrespeitem; depois sofrem ao longo da vida com o desrespeito dos filhos. A palavra de Deus nos alerta a ensinarmos a criança para que o aprendizado a acompanhe ao longo de toda a sua vida. É importante observar que não se trata aqui de exigir o respeito a qualquer custo ou de qualquer forma, mas principalmente de nutrir e conquistar o respeito dos seus filhos; o que não se consegue com intransigência; e sim com ensino bíblico, dignidade, abertura, fidelidade e uma sincera amizade com seus filhos.
Comunicar-se bem
No período entre 1992 a 1994, pastoreei a primeira Igreja do Nazareno em Maceió-AL, foi um período muito precioso em nossa vida familiar e ministerial. Um fato muito interessante e curioso aconteceu, em diversas oportunidades naquele período, que ilustra muito bem a questão da comunicação. Nas visitas evangelísticas e em alguns eventos, conhecíamos algumas pessoas e ao falarmos acerca da Igreja do Nazareno alguns diziam conhecer e até mesmo fazerem parte da mesma. Depois de algumas surpresas e explicações descobrimos que o pastor da primeira Igreja Batista em Maceió, chamava-se “Nazareno”. Quando eu dizia: "sou o pastor da Igreja do Nazareno", o povo me olhava desconfiado; eles diziam: "faço parte da Igreja do Nazareno”, e eu olhava para eles desconfiado. Eles falavam do pastor Nazareno, eu falava de Jesus o Nazareno.
A comunicação é uma arte; com certeza uma das mais complexas de todas as artes. Quantos conflitos, nas mais diversas esferas de relacionamento, são causados ou poderiam ser evitados pela comunicação. Gosto da idéia de definir comunicação como uma via de quatro mãos.
O que você diz;
O que você pensa que diz;
O que o seu interlocutor ouve;
E finalmente, o que ele pensa que ouve.
A comunicação só se dá quando você diz o que pensa que diz e o seu interlocutor pensa que ouve o que você pensa que diz. Não é simples???
Se isto já é complicado com pai e mãe, que são duas pessoas “maduras”, imagine quando uma criança, jovem, ou adolescente entra neste percurso. A missão se torna mais árdua, beirando a impossibilidade. Comunicar-se bem é não somente uma arte, mas também um objetivo que pode, deve e precisa ser alcançado.
Estabelecer limites
Vivemos numa sociedade que já não aceita os absolutos éticos; vive sem freios, desconhecendo e desrespeitando limites; desprezando perigosamente a linha que separa o certo do errado. O que predomina nesta sociedade não é a verdade, mas a satisfação pessoal através da realização plena e animalesca dos desejos da carne. Uma sociedade cada vez mais amante do prazer que amante de Deus; valores claramente advindos da palavra de Deus como: virgindade, honestidade, fidelidade, intimidade com Deus e respeito à sua palavra são constantemente chacoteados e desprezados publicamente.
É praticamente impossível que filhos criados no meio de toda esta turbulência moral não sejam de alguma forma por ela atingidos. A melhor maneira de protegermos nossos filhos de tudo isso é estabelecendo limites; sem limites o ser humano perde o referencial; é como um barquinho em alto mar sem que o seu timoneiro tenha qualquer experiência ou instrumento de navegação. Os limites devem ser instituídos desde a infância; e deverão acompanhar o individuo por toda a sua existência.
A Bíblia nos conta a história de um jovem chamado Daniel, depois de conviver com os limites estabelecidos pelos seus pais, Daniel estabeleceu os seus próprios limites para que pudesse honrar e agradar a Deus numa situação de adversidade na qual havia o risco da sua própria vida. Imaginem a alegria e o orgulho que sentiriam os pais de Daniel se pudessem testemunhar a atitude do filho naquele momento. É necessário que os pais estabeleçam limites para os filhos em relação às mais diversas áreas da vida; televisão, internet, namoro, aonde ir, com quem estar, telefonemas, livros e revistas, passeios...etc. A lista é muito maior; alguns talvez não concordem com todos os pontos, com outros no entanto, irão se identificar.
Nem todos estes se aplicam à minha experiência familiar, mas um pai que talvez já tenha se deparado com uma conta telefônica acima de $ 500,00 (Quinhentos dólares) aprendeu a duras penas a importância de estabelecer limites nos telefonemas e acessos à internet feitos pelo seu filho ou filha adolescente. Estabelecer limites é importante não somente pelo que sai do nosso bolso; mas principalmente pelo que invade o coração dos nossos filhos; pois “a criança entregue a si mesma envergonha os seus pais” (prov. 29:15)
Disciplinar
Disciplinar é acima de tudo um ato de amor; a palavra de Deus sempre associa a disciplina ao amor. Devemos portanto, também associar a disciplina ao amor não somente no nosso conceito, mas acima de tudo nas nossas atitudes e principalmente no ato da disciplina. Um dos aspectos mais importantes em relação à disciplina é o fato de que a disciplina bíblica nada tem a ver com espancamento. Muitos pais descarregam seu descontrole e frustrações em cima dos seus filhos; o que dizer de pais que espancam seus filhos com o simples propósito de irritar ao seu cônjuge, ou porque estão irados com a desobediência dos filhos.
Se você ama ao seu filho aprenda uma coisa: jamais bata em seu filho com raiva; o propósito da disciplina é ensinar o seu filho. Portanto, quando for necessária uma disciplina, aplique-a de forma que o seu filho entenda o propósito de amor por trás da mesma. Associe à disciplina o carinho e ao carinho a orientação segura da palavra de Deus. Acostume-se a após disciplinar o seu filho, abraçá-lo, colocá-lo no colo, beijá-lo e abrir a Bíblia com ele mostrando-lhe que tipo de pecado ele estará cometendo ao realizar atos como os que o levaram à disciplina; no final de tudo ore com ele pedindo que o Espírito santo o ajude a não mais cair naquele tipo de pecado.
A palavra de Deus também nos exorta a que esteja “longe de nós toda a gritaria” (Ef. 4:31). Eu creio que muitos irmãos na família da fé têm irmãos gêmeos aos quais eu não conheço, pois é simplesmente inconcebível que os "cordeiros" que eu vejo no trato com os irmãos na igreja sejam os "leões enraivecidos" no trato com os seus filhos e às vezes até mesmo no trato com os seus cônjuges em casa. Nós pais precisamos aprender mais sobre o propósito da disciplina e aplicarmo-nos a ele, pois os nossos filhos são presentes de Deus e alvos primários do nosso amor.
Confiar desconfiando
Confiança é fator preponderante em qualquer relação; já ouvi muitos filhos cobrarem dos pais: vocês não confiam em mim. Isto com certeza não é admissível. Os pais devem confiar e demonstrar esta confiança nos filhos; porém esta não deve ser jamais o que chamamos de “confiança cega”. Pais inteligentes confiam desconfiando; ou seja, demonstram a confiança neles depositada ao liberarem algumas coisas, mas ficam por perto; acompanhando de forma que eles não se sintam sem a confiança dos pais, nem tampouco livres “pra fazer o que der na telha”.
Os filhos enquanto crianças, normalmente se sentem mais seguros ao lado dos pais. Quando vão chegando à adolescência começam a formar uma consciência mais independente e a desenvolver hábitos desligados dos pais. Já não querem sair com os mesmos e começam, por conta de tudo isto, a formar novos grupos de amigos. Este é um momento muito importante e ao mesmo tempo muito perigoso; ele precisa da sua confiança para se afirmar na vida, mas se você não estiver por perto pode ser que ele seja arrastado pelo engano. Portanto, o melhor a fazer é confiar sempre; desconfiando de vez em quando.
Proteger
A palavra de Deus nos mostra a história de diversos personagens com as mais diferentes estruturas familiares. Um personagem que muito me chama a atenção do ponto de vista da estrutura familiar é Ló; sobrinho de Abraão e temente a Deus, Ló é apresentado pela Bíblia como um justo. No entanto estava tão preocupado com as questões financeiras que não prestou atenção ao fato de que estava dia a dia, armando a sua tenda mais perto de Sodoma (Gen 13:12); nem tampouco se deu conta de que os homens de Sodoma eram extremamente perversos e pecadores contra o Senhor (Gen. 13:13). Nada disso impediu que Ló firmasse residência em Sodoma. A pecaminosidade daquele lugar se introduziu de forma terrível na estrutura familiar de Ló. Por conta de sua negligencia em proteger sua família de um ambiente pecaminoso Ló assistiu impotente à dilapidação de toda a sua estrutura familiar. Sua esposa foi transformada em estátua de sal por desobedecer a uma ordem divina; e suas duas filhas o embebedaram para que pudessem cometer incesto com o próprio pai. É lamentável que a família de um homem justo e temente a Deus tenha sido tão vorazmente atacada e destruída pelo pecado.
As águias formam seus ninhos nas mais altas rochas para protegerem os seus filhos dos ataques dos predadores. Precisamos aprender com as águias e protegermos a nossa família dos ataques de predadores. O Diabo tem usado os seus agentes disfarçados de anjos de luz e penetrado sorrateiramente nos nossos lares para destruir as nossas famílias É dever dos pais proteger os filhos; que Deus nos ajude a olhar para o alto em busca de auxilio divino. Somente amparados e protegidos pelos desígnios da palavra e pela graça de Deus os nossos filhos crescerão em estatura e graça diante de Deus e dos homens.
Ensinar
Muitos pais sofrem pelo fato de não contemplarem nos seus filhos o compromisso e visão espiritual que almejaram durante anos para os mesmos. Infelizmente nossos filhos não são “fabricados” com os dons e qualidades que para eles projetamos. Cada ser humano é forjado ao longo de anos de experiências e aprendizado. Eles não aprendem quando você os manda orar, mas quando você ora com eles; não aprendem quando você os manda ler a Bíblia, mas quando vêem a palavra de Deus como prioridade na tua vida. A palavra de Deus não nos manda apontar o caminho, mas ensinar. Devemos convidar nossos filhos a trilharem o caminho santo; devemos levá-los a uma comunhão diária com Cristo através do Espírito Santo e conduzí-los, se preciso for, nos nossos braços, até aos braços do pai.
Amar
Quando me deparo com o relato Bíblico do encontro do Senhor Jesus com Pedro, no qual Jesus o interroga acerca do seu amor; lembro-me dos meus filhos, nos seus momentos de dúvida acerca do meu amor, ou do amor de minha esposa (a mãe deles) por eles. Muitas vezes por trás de uma resposta ou atitude agressiva existe a pergunta: pai, tu me amas? Outras vezes um silencio depressivo está perguntando: Mãe, tu me amas mais do que os outros? Talvez por trás de aparentes atos de rebeldia exista outra pergunta: pai; mãe, vocês me amam de verdade. Sim filho, tu sabes que nós te amamos; (estamos respondendo) então me apascentem (clama o coração do seu filho).
O Dr. James Dobson, escreveu um livro fantástico que tem como título: “Agora é a hora de amar seu filho”. Talvez seu filho ainda não tenha nascido; ou seja ainda uma criança; quem sabe ele já é um adolescente, jovem, ou adulto. Ele precisa hoje mesmo do seu amor; com certeza seu filho é alguém que precisa desesperadamente do seu amor; e não existe momento melhor que este para começar; agora é a melhor hora de amar seu filho.
Conclusão:
Espero que esta breve reflexão acerca do nosso conceito e responsabilidades como pais nos ajude a sermos melhores pais e cônjuges; nossos filhos jamais poderão ser definidos em tão pouco espaço, porque eles são muito grandes; eles são muito maiores do que nós podemos imaginar; eles são um presente e uma responsabilidade imensurável em nossas mãos; são a matéria prima que Deus quer usar para transformar a próxima geração e continuar a gloriosa tarefa de reconciliar o mundo com Deus. Eles são a nossa maior missão como pais; Deus os colocou em nossa vida para que sejam a nossa maior prioridade ministerial, alvo supremo dos nossos melhores esforços e objeto maior do nosso amor.
Pais, Quem são seus filhos???
Não existe forma mais profunda de responder a esta pergunta.
São o nosso maior presente... são o tesouro que Deus nos deu, são os nossos filhos.
Deus os abençoe sempre.
Pastor Jademir Barbosa.
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